quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Meu Quase Adeus ..


Éramos amigos. Não irmãos, não colegas. Apenas amigos.
E certo dia, estavamos eu e você na varanda da sua casa conversando. Na verdade, em um quase debate. Eu defendia as garotas, e você os garotos, obvio.
Eu : Mas de que adianta, vocês lutam lutam e lutam, e quando finalmente conseguem a garota, deixam-a guardada. É o mesmo que nada.
Você : Pois eu não faria isso. Se eu lutasse e amasse de verdade, daria valor, e mostraria pra ela todos os dias que a amo, e que ela é tudo pra mim. Nos momentos bons, e nos momentos ruins.
Eu : Nossa, que lindo! Se não fôssemos amigos, namoraria com você, haha .
Você abaixou a cabeça, olhou para o outro lado. Respirou e se calou. Perguntei se acontecia algo, e você desviando o olhar, me confessou.
Você : Só você não percebe. Eu te amo tanto. E não é como irmão, ou amigo. Eu queria você pra mim. Faria você tão feliz, iria te salvar de toda essa dor, de toda essa tristeza, seria realmente diferente na sua vida. Deixa eu por uma aliança no seu dedo e te chamar de minha?
Meu coração parou. Ou disparou de vez, não sei . Mas não sentia o chão e me senti encantada com tantas palavras belas vinda de repente de você. E sem que pudesse pensar, deixei que me beijasse. E ali me apaixonei.
Você vinha cumprindo o que havia dito na varanda. Mas só quando estava comigo.
Depois de um tempo, parou de me ligar só pra dizer que me amava, parou com as mensagens, brigavamos quase todos os dias, e pessoalmente a gente se tratava como dois loucos apaixonados, em quanto longe, éramos um casal aparentemente tão infelizmente.
Conversei por várias vezes, e você me pedia perdão, e dizia que iria mudar, e realmente mudava. Durante duas horas.
Depois de muito tempo, muitas conversas, noites em claro pensando, muitas lágrimas, brigas, fiz umas contas e percebi que éramos tão infelizes quanto felizes, e não era isso que eu queria. Afinal, você foi realmente só mais um, que me fez a mesma promessa (que alias, de diferente só foi o modo que usou as palavras), e descumpriu (como todos fizeram) .
Me afastei. E percebi que não era só você, eram todos. E que essa era a forma de amar dos homens. Colocar numa estante e colocar uma plaquinha (mas famosa como aliança) escrita:
Ei, é minha. Olhem muito, mas não toquem!
E resolvi, ir embora.
Pois é, creio que agora seus olhos estejam realmente cheios d'agua, você deve ter molhado metade deste papel. Mas eu não tive coragem de ter outra conversa com você.
Provavelmente eu cairia outra vez em suas palavras, e depois de duas horas eu sofreria de novo. E uma carta, eu expresso tudo que sinto sem interrupções, e não preciso ouvir suas respostas e nem tentativas de me fazer ficar.
Bom, você chegou da rua com seus amigos agora, então provavelmente são quase 1h da manhã, eu não estou mais ao seu alcance. Meu celular eu troquei o número hoje de manhã, você não percebeu pois há muito tempo não me liga. Estou indo viajar pra algum lugar, onde ninguém saiba da sua existência nem do nosso (do que existiu) amor.
Vou usar essas férias pra esquecer cada beijo, cada abraço, cada carinho, cada lágrima, cada briga, cada palavra, e você.
E me faça dois favores?
1 - Seja muito feliz, e não diga mais que é diferente, pois todos vocês são iguais .
(Maldita forma seca de mostrar amor.)
2- Se me ver na rua algum dia, finja não me conhecer. E se chamar meu nome, eu sinceramente vou lhe tratar como um estranho.

Se cuide, um beijo bem grande do seu ex grande amor.
E esse é o meu adeus pra sempre, ou o quase dele.

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